Este é o meu primeiro livro de Ana Matute apesar de já ter lido passagens das suas outras obras publicadas em Portugal, não posso deixar de sentir como estranha, envolvente e difícil de abarcar esta história foi.Seguimos desde a primeira página a vida de um jovem (cujo nome desconhecemos), desde a sua infância na desolada terra pertencente ao seu pai até à sua luta, em idades mais adultas, para ser armado cavaleiro pela mão do Barão Mohl, um grande senhor pelo qual o nosso personagem tem grande estima.Este jovem narra a sua história como se tivesse imergido nos seus pensamentos, os quais de desdobram em inúmeros caminhos narrativos, descritivos, vividos e significativos, sempre com alusões à condição humana, reflectida na época medieval em que vive. Crescemos com a personagem, nos seus novos e descobertos entendimentos do seu lugar no mundo e do próprio fabrico deste. Sem margem para dúvidas uma viagem de introspecção, onde a realidade se mascara no tecido dos sonhos e das ilusões; onde a acção prima pela inexistência, bem como os diálogos, convidando o leitor a uma imersão na beleza das palavras.Um livro ininteligível, obscuro e marcado por uma escrita única e complexa, contudo nunca deixa de ser uma narrativa fluída e constantemente presente. Matute revela um domínio que muitos só podem esperar possuir em sonhos, não o recomendo levianamente... Todavia não posso deixar de sentir que a sua compreensão está ao alcance duma rápida e seca investida pela minha mão.Só me resta a espera pelo segundo volume desta trilogia medieval.
(Três estrelas pela escrita da autora.) Torre de Vigia remete-nos para a natureza crua de uma época indefinida, de aparência medieval, sem no entanto se perder em floreados com que o leitor possa estar familiarizado. Nesta história o pão é seco como a alma deixada pela guerra e o chão é duro como o corpo esforçado pela falta de dignidade.O nosso herói é confuso e melancólico e, embora seja o quarto filho de um senhor, não é melhor a sua sorte que a de qualquer mendigo até à idade em que partirá para ser armado cavaleiro. A sua infância é marcante e demarca sagazmente o frio que domina toda a obra, onde as alusões ao maravilhoso se infiltram cadenciadamente e paralelas à ausência de afecto de gentes rudes e cultura, aos nossos olhos, tão pouco humana.Quando é chegada a hora da partida, para que seja comprido o destino na corte de Mohl, é lograda a sorte de bonança mas mantém-se a fé, que se concretiza, de melhorias na existência deste interveniente, sem nome, que lentamente perde a sua inocência ao mesmo tempo que abre a sua mente para reflexões superiores.Opinião completa: http://historiasdeelphaba.blogspot.pt...
What do You think about La Torre Vigía (2006)?
Cuando empecé a leer la novela me sorprendió que tuviera tan baja nota. El principio me pareció espectacularmente sórdido pero a la vez interesante. No había leído antes nada que tuviera como protagonistas una familia noble menor. La novela empieza a ir cuesta abajo en la tercera parte del libro. Hasta entonces me ha parecido ciertamente interesante los comecocos del protagonista mezclados con la realidad. Al final de la novela es un no parar y resulta difícil mantener la atención. El final: bien, supongo pero deja un amargo sabor de boca tan abrupto final. Sin duda era la idea, pero me ha resultado una historia muy claustrofóbica.
—Marina
