Dança de Família é uma colectânea de contos, que David Leavitt escreveu aos 22 anos. O elo de ligação entre eles é a família e os sentimentos que nela habitam: o amor, o desamor, a união, a desunião..."cada família abriga um estranho no seu seio."Território - A homossexualidade. A aceitação e compreensão por parte da família e do próprio.Contando os meses - A doença. Uma mulher com cancro. O tempo de vida contado. A aproximação da morte. A dor de abandonar os filhos.O chalé perdido - O divórcio. O sofrimento do que continua a amar o outro. A tentativa de manter a união familiar.Alienígenas - Um acidente de carro. Uma criança que julga ser um ET. O amor, que nos une e nos salva.Danny em trânsito - A família. O pai que parte, porque não quer continuar a viver uma vida na qual não cabe. A mulher deprimida. O filho que ninguém quer. O egoísmo.Dança de família - A família. Um círculo fechado e apertado que, como numa dança, nos sufoca pelo aprisionamento, pela inércia...Radiações - A doença. A angústia, o desespero e o alimento da esperança de sobrevivência. "É engraçado como à medida que o tempo passa as pessoas se vão acostumando às mudanças, até às mais assustadoras; como até o inimaginável se pode tornar tolerável."Longe daqui - A família. A doença. A morte. A infidelidade. Três irmãs; a dedicação extrema de uma, em oposição à indiferença das outras.Dedicada - A amizade. Uma mulher e dois homens. Ela apaixonada por eles e eles um pelo outro.
O amor nas suas diversas faces, que tanto podem trazer felicidade como dor, famílias desajustadas, ambientes tensos - foram muito raros os momentos de felicidade nestes contos.Na verdade poderiam ter sido todos reunidos numa só história de uma família numerosa. Os vários ambientes onde se desenrolam são muito semelhantes; há quase sempre uma moradia com piscina, mulheres com baixa auto-estima por excesso de peso, amores desencontrados, homossexualidade em quase todos (não foi surpresa descobrir que o autor é gay) e uma sensação de desconforto entre as personagens - normalmente familiares - que provoca algum mau estar. O facto do final das histórias ficar em aberto, também não ajudou. É como se o autor quisesse dizer que não há finais felizes, só a aceitação do imprevisto. Tão próximo da realidade que desconserta.
What do You think about Family Dancing (1997)?
Impressive collection by a then-very-VERY young author. How I love the little free libraries that have popped up all over my neighborhood - the unique architecture of each miniature housing, the ebb and flow of books behind the glass. My dog walks have become so much more exciting since I started pausing to peruse the two tiny shelves... I found Family Dancing a few weeks ago, and remembered reading some short fiction of Leavitt's in college, so I grabbed it. These stories are very tightly bound by repeating themes - so much so that sometimes the lines between stories get a bit blurred. But the writing and perceptiveness about the human spirit, and, as implied in the title, about families, is sharp enough to really draw you into all of them.
—Hendi
To say that David Leavitt is a consummate writer of gay literary fiction doesn't do him justice. Although many of his characters are gay and many of his stories explore gay issues, Leavitt is a consummate writer no matter what subject he tackles. In Family Dancing, published in 1983 and Leavitt's very first story collection, we see an author already in full command of his craft. Whether tracking a mother dying of cancer ("Counting Months"), witnessing the dissolution of a family ("The Lost Cottage" and "Danny in Transit"), or experiencing what if feels like to be the pivotal friend in a relationship between two lovers ("Dedication"), Leavitt digs deep and yields much. He writes boldly, taking on difficult subjects. In one story ("Out Here"), he even plays multiple points of view off of each other, shifting seamlessly between them. Lest boldness be mistaken for ability, however, Leavitt also writes with such grace and sensitivity that he leaves readers unquestionably moved and with a greater understanding of the human condition than they had going in. These stories are luminous, transcendent and satisfying.
—Scott Smith