Em “Viver o Sonho” Josephine Cox brinca-nos com duas personagens singulares e divertidíssimas. Por um lado temos Amy, uma rapariga bem formada, com uma família estável e exemplar, por outro temos Daisy, uma rapariga incrível, mas que vive com uns pais que não param de discutir, e que lhe causam bastante desgosto. E é numa pacata localidade dos anos 30 que se desenrola “Viver o Sonho”. Um sonho compartilhado por estas jovens amigas de encontrar um homem certo, que lhes dê estabilidade e as faça feliz. Amy tem uma relação estranha com os homens já que foi abandonada pelo ex-namorado pouco antes de casar e Daisy desespera para sair de casa. No café onde Daisy trabalha aparece, todas as terças-feiras, um homem misterioso que as põe curiosas e é motivo das suas conversas. Quem será ele? Não fala com ninguém e quando sai deixa o dinheiro da despesa na mesa para não estabelecer qualquer contacto. No seu íntimo, Amy sonha com ele e, sem que o saiba, é também correspondida, mas essa relação está condenada ao fracasso. O homem misterioso é Luke Hammond, um industrial rico, patrão do pai de Amy, casado com uma mulher completamente louca. As terças-feiras para Luke são o seu refúgio, servem para descansar e pensar em Amy. Um estranho amor impossível, com um inesperado fim por parte da protagonista, que me agradou bastante, uma vez que foge ao estereótipo “e foram felizes para sempre”.