Este "diário secreto de uma adolescente portuguesa" foi uma leitura interessante mas que não me encheu as medidas.Achei que todos os aspectos da vida desta Inês foram levados a um extremo que não me parece de todo constituir uma regra, como o autor quer dar a entender.No entanto, acho que o livro funciona bem como um "abr'olhos" para as pessoas mais cépticas, mas acho que pelo extremismo e pela forte linguagem, choca mais do que adverte. Eu gostei do livro e recomendo-o. Primeiro, não concordo que seja um livro que todos os pais devam ler. Aquele livro não retrata a minha geração e se o meu pai lêsse aquele livro nem sei o que iria imaginar de cada vez que lhe dissesse que ia sair. Além disso acho que nenhum pai gostaria de ler com tantos pormenores os relatos dos actos sexuais. É uma imagem que nenhum pai quer ter de um filho. Para mim, o público alvo do livro deve ser mesmo os jovens entre os 12 e 18, que estão a passar pelas fases que são ali descritas. O livro deve ser um alerta para nós e não para os nossos pais. Eles não nos podem vigiar 24 sob 24 horas, não podem ter controlo sobre o que falamos com os nossos amigos, com quem trocamos mensagens, quem temos como amigos no facebook. Esses princípios são nossos. Eu não me revejo na Inês,aquela até pode ser a realidade dos jovens da alta sociedade mas não acho que seja geral. A personagem que mais me marcou foi a Rita, a menina certinha que fazia tudo de acordo com as regras. O livro mostra dois opostos e como se pode passar de um extremo para o outro. A sede que a Rita tinha de viver e experimentar novas sensações, novas coisas fez com que ela mudasse radicalmente. Não houve um passo intermédio e acho que esse sim, é um erro que ocorre frequentemente na nossa sociedade. Eu vejo a Rita como " the girl next door", a rapariga comum que todas nós já fomos um dia. Para concluir, posso apenas dizer que é um livro que me fez pensar e dar valor à minha vida. Eu considero a minha vida banal e até mesmo monótona mas não a trocaria por outra.
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