Review em: http://pepitamagica.blogspot.pt/2015/...Estes romances históricos passados nos inícios do século XIX falam sempre superficialmente da guerra com Napoleão, do Duque de Wellington, alguns até mencionam as lutas aqui na Península Ibérica, mas eu sempre achei que a maior parte das autoras evita temas como estes. E eu sempre tive alguma pena disso, porque acho que pode trazer muito mais profundidade a uma história. E foi isso que aconteceu com Ligeiramente Tentador.Como de certeza repararam, este é o quarto livro da saga Bedwyn, e este era provavelmente o livro que mais ansiosa estava por ler, porque apesar de vermos muito pouco da personagem principal nos outros livros, Morgan Bedwyn era sem dúvida a irmã cuja história mais queria ler. Morgan é uma beleza típica, com um dote gigante, irmã de um Duque, e podia perfeitamente ser uma rapariga tolinha que só sabia dar risinhos e não fazer mais nada – não fosse a sua família ser os Bedwyn. Com uma educação algo irreverente e exemplos da irmã mais velha que não seriam considerados os melhores para uma jovem da sociedade inglesa, Morgan cresce entre os seus irmãos mas sentindo-se sempre um pouco distante por ser a mais nova de todos. Pouco depois de ser apresentada à sociedade, chega a Londres Gervase Ashford, um homem que tinha sido exilado pelo próprio pai e que tem uma ligação com Wulfric Bedwyn, o duque de Bewcastle, irmão mais velho de Morgan. E quando a vê, primeiramente atraído pela sua beleza, Gervase pensa que ela seria uma rapariga tonta que poderia usar para se vingar de Bewcastle – mas veremos o quanto se engana. Morgan mostra desde logo um espírito forte e aventureiro, e ao longo do livro vamos percebendo a sua história, aquilo por que passou quando um dos irmãos esteve na guerra e ela ansiosamente esperava que ele voltasse, todos os dias com medo de uma má notícia. É como quando um dos membros do casal é, por exemplo, bombeiro ou polícia e de cada vez que sai de casa pensamos: “será que voltarei a vê-lo/a?” Não estou de qualquer maneira a diminuir o risco de qualquer outra profissão ou da própria vida, mas que estes são medos frequentes, especialmente nestas profissões consideradas “de risco”, isso são. Voltando ao tópico da guerra que referi no início, este livro passa-se durante a guerra, em que a maior parte da alta sociedade de Londres vai para Bruxelas, onde decorria “a acção”, mas onde inicialmente não havia qualquer perigo para as pessoas que lá estivessem. Vemos uma evolução dos bailes e das reacções das pessoas, especialmente da Morgan, à medida que a proximidade da guerra entra nos salões de baile. O que inicialmente era visto como algo distante e honroso, continua a ser honroso mas está presente na mente de quem, no dia a seguir vai para a guerra e as famílias pensam: voltarei a ver o meu filho/marido/neto/irmão/etc.? E Morgan, apesar de não ter dado demasiada atenção ao jovem, fez com que Gordon, o irmão de uma amiga sua, cuja família tinha concordado levá-la para Bruxelas com autorização de Wulfric, dedicasse a si a sua luta contra Napoleão. Foi tão interessante ver as reacções dos diferentes homens, como os que eram arrogantes e se achavam invencíveis se tornam quase seres mesquinhos mesmo sobrevivendo quando tantos outros morreram. Ver homens ingleses a elogiarem os esforços não só do seu exército mas do exército francês também. Ver que a guerra não é algo bonito para ninguém, que não é algo que se deva levar ao peito no sentido em que "fui, venci e fui melhor" – porque não há propriamente um “melhor” – quantas vezes as pessoas que estão a lutar de lados contrários têm as mesmas convicções? “Estou a lutar para proteger a minha família, as minhas crenças, o meu património, etc.”. Não quer de todo dizer que seja pelas razões certas – o ser humano parece que não consegue estar nunca em paz por muito tempo, não acham?Sei que pela minha crítica, pode parecer que este livro é sobre guerra – mas não é, ainda que esta esteja muito presente. Para mim, este livro foi bastante sobre a natureza humana.Voltando a Morgan e Gervase – este último não tendo ido para a guerra-, encontraram-se novamente em Bruxelas, e Gervase percebeu que Morgan, apesar de inicialmente estar ali por aquela excitação que se sentia no ar, estava lá por outras razões. Allen Bedwyn, um dos seus outros irmãos, estava a trabalhar para o governo inglês, entregando mensagens directas ao Duque de Wellington, e enquanto que Morgan estava com uma família amiga, acaba por ficar em Bruxelas porque, ao contrário da maioria das mulheres da sociedade inglesa que fugiam de Bruxelas para Londres ou simplesmente não saíram de casa no momento em que a guerra despoletou, Morgan juntou-se às mulheres e irmãos dos militares, pôs as mãos ao trabalho e cuidou de feridos, moribundos, fossem de que exército fossem. Porque como disse, todos têm família, todos têm alguém que os ame e merecem, independentemente do lado porque lutaram, uma mão que os segure no momento da morte. Gervase fica com Morgan, e apesar do quão estranho isso fosse para a época, Morgan, irreverente como era, não pensou duas vezes e ele foi o seu amigo em todas as horas, ajudou como pode, e esqueceu a vingança ao ver que aquela jovem não era “a irmã” do homem que odiava mas sim “Morgan”. Era com Gervase que ela passava as poucas horas que não estava rodeada de feridos, num passeio no jardim, ou simplesmente num banco ao pé de casa. Ele ajudava-a a sair do buraco em que a guerra a tinha posto. E quando Allen desaparece, é Gervase que faz tudo para o tentar encontrar.Sei que já disse muito sobre o livro e não gosto de estar a fazer spoilers, mas acho sinceramente que uma crítica a este romance merece que se diga mais que o habitual. A guerra acaba – não podem dizer que isto é spoiler que está nos vossos livros de história! – e Morgan e Gervase voltam para Londres, praticamente sozinhos, o que ajudou muito à especulação das bocas mesquinhas da alta sociedade. Mas estes amigos não ajudam quando partilham um beijo num dos salões de baile de Londres – onde são vistos por Wulfric e outros convidados. Morgan percebe que houve ali qualquer coisa entre o irmão e Gervase e consegue que este lhe conte o passado entre os dois, que não vos vou contar. Resumindo, toda a gente teve razão de ser para a maneira como agiu e nós não podemos culpar qualquer uma das personagens porque no lugar delas talvez também tivéssemos ficado com o nosso julgamento toldado. A inicial manipulação de Gervase é descoberta por Morgan e esta decide vingar-se deste, mas de uma maneira que provavelmente agrada à maioria dos leitores. Com um espicaçar entre os dois, contentas passadas a serem resolvidas, chegamos ao fim do livro. Para mim, o que gostei menos foi exactamente esta parte, pois achei que foi um pouco apressado demais, a tentar por tudo numa caixa bonita com um grande laço. Mas não deixou de ser um final esperado neste tipo de livros. Resumindo, o meu livro favorito destes irmãos. Aguardo ansiosamente o seguimento desta série.
After being somewhat disappointed with Slightly Scandalous, the previous book in this series, I'm glad to say that things got back on track in this book. Slightly Tempted tells the story of Morgan Bedwyn, the youngest, most beautiful of the Bedwyn siblings, and the only one who had the fortune of not being afflicted by the famous, prominent Bedwyn nose.Thirty-year-old Gervase Ashford, the Earl of Rosthorn, has been living in exile on the Continent for the last nine years after being banished from England by his own father due to a scandalous and humiliating affair involving the Duke of Bewcastle. If there's one person Gervase blames for his situation and hates with all his heart is Wulfric Bedwyn, the Duke of Bewcastle, and his bitterness and thirst for revenge gets the best of him when he meets Bewcastle's youngest sister, Lady Morgan Bedwyn, at a ball in Brussels. Ah, it looks like fate is finally smiling his way after all these years... Is there any better way to get even with Bewcastle than to involve young and innocent Morgan in a scandal and leave the duke to deal with the consequences?Eighteen-year-old Morgan is in Brussels looking for a respite from her first Season in London, where she was bored to tears by the ton's brainless events (balls, assemblies, rides in the park, etc.) When she's invited to join one of her suitor's family to Brussels, she jumps at the chance of participating in a meaningful and most certainly historic event, the coming Battle of Waterloo. Bonaparte has escaped his prison in Elba and the threat of a new war against him is in everyone's minds. Unfortunately, the life of a lady in Brussels turns out to be the same as in London, and Morgan is annoyed to find herself attending the same brainless events where no one is willing to "worry her pretty little head" with talks about the iminent war. So when she's introduced to Gervase at one of these infernal balls, she's bored enough to give him the attention she wouldn't think of granting him in other circumstances.Gervase's sole purpose in pursuiting Morgan is to have a quick (and very public) dalliance with her, so he sets out to charm and woo her. She isn't stupid and doesn't take him seriously - he's obviously a rake, not to mention much older than she is - but she decides to have some fun with his flirtation, all the while letting him know that nothing will come out of it. But as they spend time together and he gets to know her, he begins to like her and to question his plan to use her as a pawn in his revenge against Bewcastle. Then war erupts, chaos ensues, her brother Alleyne goes missing on the front line, and Morgan ends up alone in Brussels with no one to lean on but Gervase. He becomes her faithful friend while she waits to hear any news from Alleyne, helps and escorts her around the city - and thus compromises her reputation in the process, even though he isn't thinking of revenge anymore.When Morgan is informed of Alleyne's death a few days later, there's no reason to stay in Brussels anymore and Gervase escorts her back to England. When he's confronted by Bewcastle right upon their arrival, all the hatred comes back and he can't help feeling some satisfaction with his enemy's "distress". It took nine years, but Gervase got back at Bewcastle. So why does he feel that it isn't over? And what will Morgan do when she finds out that he's used her? Will she ever forgive him?I'm not a big fan of revenge-driven plots, mostly because the character who's seeking revenge usually ends up doing something nasty and unforgivable. Fortunately, Gervase didn't do anything to that extreme in this book and Ms. Balogh did a great job making me understand and even support his hatred for Wulf. I'm not saying I agree with what Gervase did to Morgan - because I don't - but even I hated Wulf at one point. Obviously, the conflict between the two men was resolved in the end - the HEA wouldn't be complete without that - but I can't say I was completely satisfied with its resolution. (view spoiler)[Gervase's beloved father died without knowing the truth, and there was no way to make amends to that. (hide spoiler)]
What do You think about Slightly Tempted (2004)?
Fourth in the Bedwyn Saga historical romance series set in Regency England and revolving around the Bedwyn siblings.The StoryMany of the ton have gathered in Brussels to celebrate Napoleon having been exiled to Elba only to find themselves trapped on the eve of Waterloo. One of the exiles, Gervase Ashford is also there, to tease and cajole Morgan. She believes he is merely flirting; she doesn't realize that flirting is simply a cover for destroying her reputation so, in turn, it will destroy her brother, Wulfric.It might have been another life, that frivolous, yet boring round of parties and balls, picnics and dinners as Lady Morgan assists in caring for the wounded from the ongoing battle between Wellington and Napoleon. Making this madhouse even more frightening is that her brother, Alleyne, has been lost somewhere on the battlefield. The only bright spot is the support provided by the Earl of Rosthorn. A support he is quite willing to exploit, fanning the rumors of Morgan's ruin.The CharactersLady Morgan Bedwyn is the youngest of the Bedwyn siblings but certainly not the least as she is strong in character and firm in her resolve to marry for love.Gervase Ashford, Earl of Rosthorn, has revenge in his soul. A deep-seated desire to hurt Wulfric Bedwyn, Duke of Bewcastle, for the wrong done him nine years ago. A wrong that saw Gervase exiled from his home, Windrush Grange, and his country. Henrietta is a poor relation taken in and treated as one of the Ashford family.Lady Marianne Bonner was the unwitting Wulfric's partner all those years ago that resulted in the banishment of her childhood friend, Gervase.Captain Lord Gordon is in love with the idea of being married to Morgan. An attachment approved by his parents, the Earl and Countess of Caddick, and his sister, Lady Rosamund Havelock. Approved until the countess' demands are thwarted that is.My TakeRevenge. Gervase Ashford wants revenge and it takes "the love of a good woman" to force him to re-examine his own thoughts as Balogh tortures us with the back-and-forth of love and betrayal. Lady Morgan will only marry for love no matter how scandalous her behavior may seem while Lord Rosthorn swings almost dizzily between crowing over the Duke of Bewcastle's discomfiture and the loss of the lady's love.The CoverOoh, shiny. Very metallic blue background with an embossed wallpaper effect composed of scrolls and what appears to be a filgreed hatpin. The title is a bit understated in how Morgan reacts to Gervase's flirtation, for the Lady Morgan is more than Slightly Tempted.
—Kathy Davie
Mais uma história da série Bedwyn, desta vez sobre a irmã mais nova, e a mais nova da família também :)A história de Morgan difere de todas as outras, para começar, porque a maioria da acção é passada fora de Inglaterra, em Bruxelas, perto do local onde se deu a famosa batalha de Waterloo. Morgan tem 18 anos e acabou de ser apresentada à sociedade. Não é, de todo, a típica menina de cabeça oca, educada para ser uma “senhora” e procurar um bom marido. Morgan é, como mesmo os irmãos perceberam desde sempre, diferente de todos eles. Precisa do seu espaço, de reflectir nas coisas, de mais do que conversas parcas em conteúdo.Contudo, apesar das diferenças com o resto da família Bedwyn, Morgan tem também os melhores traços dos Bedwyn. É uma verdadeira Bedwyn, e os irmãos previram desde sempre, e com razão, que um dia os iria surpreender e chocar a todos. Morgan faz isso mesmo, mas de uma forma totalmente inesperada. Primeiro percebemos que Morgan está em Bruxelas porque quer viver a aventura, porque quer estar onde a acção está, e não em Londres, onde “nada” acontece.Mas quando percebe que precisam que arregace as mangas e mostre o que vale, Morgan não hesita, surpreendendo tudo e todos com a coragem e determinação que demonstra. E é enquanto espera pelo irmão, Alleyne, e ajuda a cuidar dos soldados feridos que não param de chegar a Bruxelas, vindos da batalha, que se aproxima verdadeiramente de Gervase, e assim nasce uma amizade.É preciso dizer que iniciei a leitura deste livro com completo conhecimento de que existem 6 nesta série, um para cada irmão e irmã. Mas mesmo sabendo isso, mesmo sabendo que o próximo livro é o de Alleyne, Mary Balogh conseguiu deixar-me com dúvidas e de coração nas mãos. Afligi-me quando Morgan se afligiu, sofri com ela a espera que não terminava, e quando finalmente foi forçada a encarar que o que mais temia era também o mais provável, chorei com ela. Acho que mais que uma história de amor, Slightly Tempted é uma história de desentendimentos, mágoas profundas que marcam a vida de alguém, quase a destruindo, e perdão. Este livro fala-nos do amor de irmãos, e de como são um pedacinho de nós. Fala-nos de como nem sempre dizer a verdade, no imediato, é a melhor opção. Permite que entremos um pouco mais no seio desta família tão diferente e tão especial. Força-nos a torcer por um final feliz, a aplaudir o “vilão”, que, de repente, mostra que tem um coração enorme.E, mais que tudo, é exímio em demonstrar como a vida continua após uma grande tragédia. Como somos levados a prosseguir, a distrairmo-nos. Como nos apanhamos a rir e nos sentimos mal por isso, porque, afinal, perdemos um pedaço de nós. E, no mesmo momento, percebemos que sorrir é importante. Que é o pouco que fica, o pouco que, quem nos ama e parte, desejaria que nunca perdêssemos. Este é um livro que provoca sorrisos, algum riso inevitável, e umas lágrimas teimosas também. É um livro para mais tarde repetir. Um livro para recordar com carinho.
—Catarina
http://wordnerdy.blogspot.com/2015/04...Boy, Balogh really conjured up a couple of jerks for the Bedwyn girls. In this one, baby sister Morgan is finally out, unwillingly going to balls in Brussels (for contrived reasons), and is targeted for seduction by a guy who wants to get revenge on her oldest brother. Which, like, I don't care what his backstory is, and that obviously he immediately likes her for herself, that is a DICK MOVE. Plus, he's thirty and she's EIGHTEEN. That is a huuuuuge age difference, and sure, it's like the 1800s or whatever, but it's a little much for a modern reader. It's also frustrating that most of the plot hinges on Morgan being trapped in Brussels during the war for various reasons. Morgan is cool and capable as a war nurse, which is nice. Things improve a little once the action returns to England, and I especially enjoyed seeing the Bedwyn family's interactions and meeting a pair of secret lesbians. This was definitely a weaker effort in this series, though. B.
—Alicia