"Arieka, a Pítia, é um retrato convincente da experiência de uma mulher, coisa rara na obra de Golding, constituindo uma das suas melhores criações."Trouxe este livro da biblioteca por acaso ... e simplesmente porque na capa dizia "Prémio Nobel" ... estava desesperada e nenhum livro me chamava à atenção e pensei ... se o autor ganhou um Nobel é porque tem de ser Muito Bom, agarrei no livro e requisitei-o. Bendita a hora em que o fiz!Adorei o livro do princípio ao fim.Mas tenho de admitir que algumas partes me passaram ao lado, não que não me tenha esforçado por entender, simplesmente não compreendia ... preciso de mais 'background' literário!Penso que percebi a história ... uma rapariga dos tempos em que a Grécia era a Grande Civilização, torna-se no Oráculo de Delfos.É muito interessante, porque ela (Araeka) vai mostrando um pouco da discriminação das mulheres na altura e da Magnificiência de toda a Civilização Grega.Torna-se numa Pítia, uma mulher que é Oráculo, que é uma espécie de intermédio dos Deuses para falar com os Mortais, embora na história percebamos que isso não passa de uma falsidade. Iódines, Sacerdote de Apolo, acompanha Araeka e ensina-lhe tudo acerca do Oráculo, e como a Pítia não fala directamente com as pessoas, ele, Iónides, transmite o que a Pítia houve dos Deuses, no fundo, inventa o que convém ...Ou seja, acabei o livro e achei que tudo aquilo era falso, uma junção de interesses, que não existiam deuses a quem recorrer, Araeka sente isso, diz que há um 'vazio' que os deuses lhe viraram as costas e no fim, já ela se conformou, já não lhe importa que Iónides invente as profecias ... Iónides acaba por morrer demente.No fim, Araeka, pede para que quando ela morra não lhe façam nenhuma estátua (como era costume fazerem às Pítias) que lhe façam simplesmente uma lápide e escrevam "ao Deus Desconhecido".
I was going to give this book 4 stars, as it has clearly been published as a first draft and could have achieved greater things if Golding had gotten the chance to revise and develop it.However, even though it hasn't reached its full potential, to me it is a five-star book. It is still going to be one of the best books I will read in 2015.I was deeply impressed with the sensitivity and empathy Golding showed when writing in the voice of a young girl. This book is really about womanhood, and its contradictions, challenges and heartbreaks. There are some beautiful ideas in it that are unforgettable. Most predominant is the theme that women are "prized, but not rewarded" for their qualities, such as their beauty or virginity. I'm still turning the book over in my mind and expect it will reveal some new insights to me as I continue to think about it. I highly, highly recommend it.
What do You think about The Double Tongue (1999)?
Double Tongue was an odd one for me. When I set down the book I remember thinking to myself "I liked this. Didn't I?" Part of this ambivalence is no doubt due to the incomplete nature of the manuscript - Golding died prior to finishing it, and we can only guess at what his intentions were regarding changes or revisions.At the same time, The Double Tongue has a great deal to offer by way of thoughtful commentary and reflection on the nature of divinity and religious experience. At no point does Golding force an interpretation on it - indeed, the narrator seems custom constructed, in her personality and context, to provide an almost judgement-free elucidation of events. This sort of narrative is difficult to construct and Golding is masterful.I truly wish this novel had been completed according to the author's intentions. I have a feeling it would have been a genuine masterwork.
—Dan