Opinião do blogue Chaise Longue: http://girlinchaiselongue.blogspot.pt...Que Joanne Harris é uma das autoras mais conhecidas e amadas e a criadora de Chocolate toda a gente sabe, o que muitos não sabem é que numa festa conheceu Ewan McGregor e o confundiu com um ex-aluno, que quando jantou com Ray Bradbury esteve 20 minutos em silêncio até se verter em lágrimas, lê Stephen King no banho e não chora em filmes excepto na cena da morte de Javert em Os Miseráveis. Viciada em perfume e sapatos, compra blocos mas raramente os usa, é obcecada por musicais e adora filmes coreanos de terror mas o mais espantoso é que não gosta de gelado ou bolo de chocolate e num Natal gravou uma cassete de áudio para a filha do Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. A autora que leu a rainha do crime unicamente em francês já foi júri nos Whitbread prize e Orange prize, lançou mais um livro de contos o ano passado e não descarta a ideia de escrever mais um livro com as personagens de Chocolate, o que deixaria os fãs mais que felizes. Sapatos de Rebuçado é a continuação do livro mais aclamado de Joanne, um regresso à envolvência dos sentidos, um livro que não deixa de cheirar a chocolate.Quatro anos depois, escondidas e despercebidas em Montmartre, Vianne e Anouk seguiram com as suas vidas e parece que finalmente encontraram um lugar para ficar mas a ânsia pelo passado, os segredos que Vianne quer enterrar, a esperança de Anouk para que tudo volte ao que era, puxa uma força desconhecida até elas, uma jovem de sapatos cor de rebuçado que trará com ela todos os seus anseios, tudo o que amaram. Mas por baixo da aparência esfuziante e das cores doces, Zozie não é o que parece e vai desequilibrar o pequeno mundo de mãe e filha até levá-lo à ruptura. Entretanto alguém do passado regressa, alguém que pode mudar tudo trazendo consigo sonhos, memórias e esperanças obrigando Vianne a escolher entre esconder-se e esquecer ou enfrentar-se a si própria e aos seus medos.Joanne Harris é uma mestra no que faz, uma escritora à parte, alguém que se reinventa em cada livro até neste, uma continuação do seu livro mais aclamado. Com uma escrita cativante e encantatória, capaz de nos fazer render à magia e mistério que nele abunda, a autora leva as suas personagens, bem conhecidas do público, a outro nível, um mais doce e enjoativo e por vezes, até mais amargo. Tão sensorial quanto o seu antecessor, Sapatos de Rebuçado não é igual a Chocolate, tem uma alma própria, uma alma mais inquisitiva e menos esperançosa, mais normal e ao mesmo tempo mais obscura. Um livro sobre escolhas, meios caminhos, magia negra e chocolate, sempre o chocolate. Contudo, não é um livro que satisfaça, é antes um livro que nos obriga a pensar em regressar, que nos impele a não desistir, a ansiar pelos sabores fortes e deliciosos, a dizer adeus à banalidade.Ao longo da narrativa a autora consegue imprimir não só a magia e o charme mas também as mudanças de vida, as escolhas que temos de fazer, o desafio que é sabermos quem somos. Por um lado, temos Anouk, no início da adolescência, ostracizada na escola, a conhecer o primeiro amor, a precisar de voltar à vida e ao local onde foi mais feliz, a tentar encontrar-se nas escolhas impostas pela mãe, a adaptar-se a uma banalidade que há quatro anos não a satisfaz nem faz feliz. Rapidamente, aquilo que ela é sente-se conquistado pela sedução de uns sapatos de rebuçado, pela compreensão, por alguém que lhe faz lembrar o que a mãe foi. A revolta, a ânsia e os sonhos da adolescência são tão bem retratados nela que quase nos revemos a nós próprios com essa idade, aquela idade em que nem nós sentimos compreendidos nem conseguimos realmente compreender. Quanto a Vianne, vemos a encruzilhada entre uma vida de liberdade e as obrigações, entre a mulher e a mãe, entre a apaixonada e recatada. Ao tentar esconder o que foi e o que ama, Vianne entra numa guerra com ela própria, com a filha, com os sentimentos e a sua noção de realidade, reinventa-se mas as saudades de uma outra vida não a deixam ser totalmente feliz. E por fim, temos Zozie, um mistério, a mulher das 1001 caras que ambiciona o que Vianne é e tem, e que dará o abanão necessário para ela acordar para a vida. Eu não lhe chamaria a melhor vilã de Joanne mas é sem dúvida uma personagem marcante que sobre a aparência de princesa esconde uma faceta terrivelmente maléfica. Tive pena de ver tão pouco de Roux, faltou qualquer coisa a esta personagem aqui mas por outro lado, também foi bom ver um lado dele tão diferente.Como sempre, Joanne surpreende, arrebata e alicia-nos com uma história única, um conto de fadas moderno, onde não faltam as cartas de Tarot, a magia do Chocolate e o poder do Dia dos Mortos. Vénia sempre a uma autora que se inventa em cada livro.
As a sequel to "Chocolat", I think this was pretty good. It shows growth and imagination on the author's part, not just a reworking of a previous success. Each chapter is narrated by one of the main characters; Zozie, Vianne or Anouk. The little graphic at the chapter heading indicates which person will be speaking, but I didn't figure that out until after I had finished the book. Kind of makes me mad, too. That's not the kind of clue I'd typically overlook. That aside, I thought there could have been more distinguishing features in the speech of each character. They all sounded the same to me. I could only tell who was speaking from their point of view. That pre-teen Anouk sounded much like her mother and they both sounded just like the third narrator (the villain) Zozie, irritated me all the way through. Another thing that took me out of the story a bit is the modern quality it has. Chocolate was a bit timeless, hard to determine the exact time period. This one is complete with cell phones, computers, and identity theft. It ruined a bit of the magic for me.I did like the fact that Zozie had a huge chunk of the narration; we don't usually get to hear the bad guy's point of view so that was kind of fun. Also well done; Harris populates her stories with a town full of interesting side characters that go through their own changes as the story moves along. It's fun to see them coming and going with their subtle stories unfolding throughout. I liked the themes of magic and morality, of mothers and daughters, of growing up (even the adults), of learning to use our own talents and not cover them up or try to be something that we are not.
What do You think about The Girl With No Shadow (2008)?
I haven't read Chocolat, although after finishing The Lollipop Shoes I now want to. I was so surprised at how important the magic was, as it was far more subtle in the film. In this, the sequel, Anouk, Vianne and her new daughter Rosette are now in Paris doing everything they can to be 'normal' and 'ordinary'. Then one afternoon, the mysterious Zozie walks into their life and within no time, everything is turning around. But Vianne only realises when it is almost too late that Zozie has design of her own and Vianne needs to pull out everything she can to defeat her. I found the writing just beautiful, and although at first I was a little confused about the jumping between different points of view, it didn't take me long to realise that the symbol at the top of the page - the cat, the sun or the moon - indicated whose point of view we were in. And Zozie was fabulously nasty. She was a brilliant character whose self-centredness was just chilling. You really don't know right up to the end whether everything is going to turn out 'happily ever after' or not.
—NancyHelen
I was so disappointed with this book; when it first came out I even bought it in hardback as I had absolutley loved Chocolat (and the others of Harris's that I have read). I had practically been counting down the days to the release of this book and was left feeling incredibly underwhelmed by the whole thing. The Lollipop Shoes is the story of Vianne and Anouk and Vianne's new daugher who have moved to Paris and set up a chocolate shop there too but there is none of the magic of that first shop, it's very dull and lacks sparkle. Also, the characters in Lollipop Shoes don't even seem to be the same people they were in Chocolat; Vianne was carefree and happy in Chocolat and in this she is dull and conventional (I know she is supposed to be hiding from her past but I just didn't buy it). And I found the storyline of Red coming back to find her almost ludicrous as their relationship in Chocolat never developed into what we are lead to belive it did in this book. Call me an old cynic but I just get the feeling that this book has been penned this in order for it to be made into another film - it had none of the magic I had expected. Infact, it left me feeling flat as a pancake. I would always invite someone to make up their own mind about a book but this really didn't cut it for me.
—Boof
If Chocolat was Dark Chocolate with a creamy milk chocolate filling then The Girl with No Shadow is a Dark Chocolate truffle with a smooth creamy finish."The Girl..." is not a simple tale. It's a complex tale that mirrors life and the way we interact with each other, the things we choose not to see, the choices we make because we believe them to be right and the ultimate decision of getting back to that place within yourself that truly represents who you are.It's about love, vengeance, family, longing, truths and half-truths, growing up and expanding. To me the story is a darker and sadder tale than it's predecessor and while it ends on a realistic enough note, it doesn't completely satisfy you. When you're finished with this story you realize that the journey is never ending and while life is never about an ending that is given to you in a neat little bow, it is about making your own magic and being happy with what you have.I leave it up to you to finish and try to decipher my meanings. I'm in love with this book (I'm biased because I love Joanne Harris) and if you've read Chocolat then you will appreciate this book.
—CJ - So, you wanna play with magic?